Dediquei meu 2012 principalmente ao estudo de modelo vivo com o uso de Pastel (seco, mas também o oleoso), então iniciei o novo ano praticando com o carvão. Todos dizem, mas não custa reforçar que é sempre bom manter uma rotatividade de materiais – dessa forma estamos sempre nos propondo novos desafios, e não corremos o risco de perder a prática. Por outro lado, não acredito que uma rotatividade superficial (variar sempre, trocar de material todas as sessões) renda tantos frutos: cada material tem seus próprios trejeitos, e só uma constância de estudo nos permite descobrir essas particularidades. Às vezes nos deparamos com um problema que não conseguimos resolver num único exercício, e já começamos o próximo pensando em como solucioná-lo. Se não houver essa continuidade, o aprendizado é muito mais demorado.
Pessoalmente, tento manter uma constância de estudos com diversos materiais em parelelo, me dedicando a um principal mas sem deixar os outros totalmente de lado. Além disso, procuro ter o domínio de diversas técnicas, pois dessa forma posso, por exemplo, escolher a mais adequada para determinado tipo de trabalho no ramo da ilustração, aquela que vai dar o clima certo para a narrativa. Por essas e outras, tirei meus carvões da gaveta e acho que estou começando a me entender com esta técnica. Abaixo vocês podem conferir um timelapse do meu segundo desenho a carvão em 2013, feito em quatro sessões de 3h cada, o resultado final e meu último desenho, com a mesma duração.
Modelo vivo 2 from Taíssa Maia on Vimeo.
Desenho de modelo vivo em carvão, em Canson A1 |